quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

A colecistectomia é um dos procedimentos cirúgicos mais comumente realizados na cirurgia do aparelho digestório, normalmente devido à litíase (pedra) de vesícula biliar. Seu emprego teve um grande impulso e aumento da aceitabilidade com o surgimento da via vídeo-laparoscópica de cirurgia.
   A retirada cirúrgica da vesícula biliar (colecistectomia), tem sua indicação principalmente em três doenças:
1) Litíase (pedra) da vesícula biliar;
2) Pólipos de vesícula biliar;
3) Tumores da vesícula biliar.
   A vesícula têm a forma semelhante a uma pêra, ficando localizada logo abaixo do fígado, na região superior e à direita do abdome. O procedimento cirúrgico consiste, basicamente, na ligadura da artéria que nutre a vesícula biliar com sangue (artéria cística) e do ducto que esvazia a bile da vesícula biliar (ducto cístico), seguido do descolamento da vesícula biliar do fígado.
   O procedimento cirúrgico habitualmente é realizado pela via vídeo-laparoscópica, popularmente conhecido por cirurgia a "laser". Algumas situações clínicas são contra-indicações relativas ao procedimento vídeo-laparoscópico, situações como:
   - Cirurgias abdominais prévias: cirurgias antigas na parte superior do abdome podem ocasionar formaçoes de aderências, o que dificulta o procedimento cirúrgico pela via vídeo-laparoscópica.
   - Doenças pré-existentes: problemas pulmonares, cardíacos, de coagulação, obesidade, dependendo da gravidade podem contra-indicar o procedimento.
   O procedimento vídeo-laparoscópico, consiste na insuflação de dióxido de carbono (CO2) na cavidade abdominal (barriga) do paciente, permitindo que o cirurgião posicione uma câmera de vídeo pela cicatriz umbilical, e através dela observe o interior do abdome. Auxiliado por algumas pinças posicionadas através da parede abdominal (incisões de aproximadamente 1cm), o cirurgião realiza o procedimento de colecistectomia. Confira um vídeo demonstrativo abaixo.

Com uns cálculos a menos

Pois é, estou aqui, quatro cortes na barriga e uns cálculos a menos.
Tranquila a retirada da bile.
Se você tem alguma curiosidade neste procedimento indico o link: http://www.cdto.med.br/index.php?option=com_content&view=article&id=13:retirada-cirurgica-da-vesicula-biliar&catid=1:vesiculabiliar&Itemid=3

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Chegando a hora

Pois é, segunda feira é meu dia de ir pro bisturi outra vez, marquei minha cirurgia de vesícula.
Estou tranquila, só ouço falar que é uma cirurgia bem simples, pretendo me afastar uma semana do serviço e já voltar.
Não tive mais crises de dor forte, só ameaças e muito enjoô, meus exames estão meio alterados, mas é por causas das pedras.
Tudo dentro da normalidade, até mesmo estas pedrinhas chatas eram esperadas ou melhor; previsíveis.
mas é isso, segunda é o dia...

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Cálculos Na Vesícula

CÁLCULOS BILIARES
Sinônimos:
Cálculo da vesícula biliar, pedra na vesícula, colecistite, inflamação da vesícula biliar  
O que é?
Cálculos biliares ou cálculos das vias biliares, tecnicamente são chamados de litíase biliar. Litíase vem do grego "lithos"- pedra. De fato, cálculos são pedras mais ou menos duras.
Conceito de Vias Biliares
O fígado tem múltiplas funções e uma delas é produzir bile que será eliminada através do intestino, dando coloração às fezes. O órgão se constitui de duas porções, chamadas lobos, que por sua vez se subdividem em vários segmentos. A via biliar é um conjunto de canais que se forma dentro do fígado e que confluem de modo completamente similar a um rio. Começam com canalículos, dentro dos diversos segmentos, que vão confluindo até formar dois canais maiores que drenam o lobo hepático direito e o lobo hepático esquerdo.
Já ao saírem do fígado, esses dois canais se unem para formar um canal hepático comum que, depois de receber o canal da vesícula biliar, continua com o nome de colédoco.
Este nada mais é do que a última porção da via biliar que desembocará no duodeno, sendo este a primeira porção do intestino delgado. Nessa junção do colédoco com o duodeno, há um músculo circular, denominado esfíncter de Oddi, que regula a passagem de bile para o intestino. O colédoco reforçado por esse esfíncter, ao entrar no duodeno, forma uma saliência visível designada papila duodenal. A vesícula biliar é uma bolsa, localizada sob o fígado, fora deste, comparável a um lago, que se comunica com a via biliar comum por um canal próprio, o ducto cístico. Na vesícula biliar a bile se concentra no intervalo das refeições e é liberada, logo após as mesmas, para o duodeno, principalmente quando há ingestão de gorduras.
Onde ocorrem cálculos biliares?
Cálculos biliares podem existir em qualquer porção da via biliar, mas aparecem comumente na vesícula biliar e com menor frequência no colédoco.
Como se formam os cálculos biliares?
A bile tem três componentes básicos: bilirrubina, sais biliares e colesterol. A bilirrubina é um pigmento derivado da destruição dos glóbulos vermelhos do sangue, efetuada no baço. Através da circulação, é levada para o fígado que a elimina pelos canais biliares; ela dá a cor à bile. A bile quando liberada ao intestino delgado fornece a cor amarronzada das fezes. A presença de fezes brancas (sem cor) conduz a pensarmos em distúrbios das vias biliares (fígado, vesícula biliar e pâncreas). O fígado produz os sais biliares que são importantes no processo de digestão dos alimentos, especialmente das gorduras.
O colesterol é eliminado pelo fígado, através da bile. Há um equilíbrio físico-químico entre essas três substâncias que mantêm a bile em estado líquido. Rupturas nesse equilíbrio provocam precipitação de seus componentes, dando origem aos cálculos. Os componentes dos cálculos, entre outros, são sais de cálcio e colesterol. Conforme a predominância, serão cálculos colesterólicos, cálcicos ou mistos.
Consequências da litíase biliar?
Os cálculos biliares podem permanecer silenciosos durante anos ou se manifestarem a qualquer momento. Quando um cálculo da vesícula biliar obstrui o ducto cístico, seu canal de drenagem para o colédoco, provoca contração da parede muscular da vesícula que se traduz por dor em cólica na parte superior do abdome a direita - denominada cólica biliar. Quando o cálculo se encrava no ducto cístico, impedindo a passagem de bile, esta é retida e desencadeia um processo inflamatório agudo - denominada colecistite aguda. Habitualmente, nessa bile retida, crescem bactérias e a vesícula obstruída se comporta como um abscesso e pode ser o desencadeamento de doença potencialmente grave.
A colecistite aguda pode regredir ou não. Quando for persistente, vai se comportar como um abscesso local. Pode romper, ficando bloqueada sob o fígado ou romper para dentro do abdome provocando peritonite aguda. Quando um cálculo localizado no colédoco obstrui esse canal, a bile não passa para o intestino e reflui através das células hepáticas para a corrente circulatória. A bilirrubina refluída para o sangue provoca uma cor amarelada típica da pele - denominada icterícia. Essa bile retida pode infectar, podendo provocar doença sistêmica toxêmica grave designada colangite aguda.
Cálculos biliares e câncer
O câncer da vesícula biliar não é frequente e o câncer em canais biliares é ainda mais raro. Seu índice de cura é baixo, mas depende do momento do diagnóstico. O curso dessa doença é silencioso e, quando há sintomas manifestos, geralmente, encontra-se em um momento tardio de tratamento.  Câncer da vesícula biliar está relacionado com a presença de cálculos em seu interior, habitualmente presentes há muito tempo, bem como com a presença de pólipos ou alterações anatômicas visualizadas através de exames de imagem (ecografia e tomografia computadorizada).
Tratamento da litíase biliar
A litíase biliar sintomática deve ser tratada. Seu tratamento habitual é cirúrgico. A litíase de colédoco pode ser tratada por endoscopia: o endoscopista faz uma endoscopia, localiza a papila duodenal, corta o esfíncter de Oddi e, por essa abertura, retira os cálculos. Houve mudança importante na abordagem cirúrgica da via biliar com o desenvolvimento da cirurgia laparoscópica. A ressecção laparoscópica da vesícula biliar é totalmente similar à extração do órgão por cirurgia tradicional, aberta; entretanto, as incisões utilizadas são menores.
Com essa nova abordagem cirúrgica (videolaparoscopia) há menos dor pós-operatória, recuperação mais rápida para as atividades normais, menor tempo de internação hospitalar, além de se evitar as complicações inerentes às extensas incisões cirúrgicas no abdome. Pode-se dizer que a abordagem laparoscópica modificou o tratamento da litíase biliar nos últimos anos.  
Perguntas que você pode fazer ao seu médico
Onde fica a vesícula biliar e sua função no corpo?
O que são cálculos biliares e como são formados?
Como será realizado o meu tratamento?
Qual o risco de desenvolver câncer associado a cálculos biliares?
atualização realizada pelo Dr. Gustavo Laporte

Cirurgia da Bile Engorda?

Pois é, ontem fui ao médico, ele me deu os exames pré operatórios e o encaminhamento da cirurgia de vesícula.
Até início de março deve ter operado!
Só torço que até lá eu não tenha mais nenhuma crise daquelas que tive nas últimas semanas. Dói pra caramba!
Mas uma das curiosidades que eu tinha sobre retirar a vesícula biliar era a de que e engorda depois da cirurgia.
Questionei o médico sobre isso e ele me explicou o que realmente ocorre.
A ingestão de comidas com mais gordura dispara as crises de dor, assim a pessoas tende a evitar alguns alimentos, feita a cirurgia não há mais dor e automaticamente esses alimentos voltam a ser consumidos, o que as vezes trás uns quilinhos extras, mas não por culpa da bile, mas da alimentação.

O que é ideal???

gastroplastizou???
Bem, agora você sabe que não há volta, resta fazer a coisa certa não é?
Pois é, mas o que é certo? Qual o seu ideal?
Sei que algumas pessoas vão responder; um peso que me faça ficar com um corpão!!! Resposta errada!
O ideal é um peso que te faça sentir saudável. O IMC 25 é saudável. Correto??? Mas não é um corpõ de atriz.
Aliás, você já se questionou sobre o peso das celebridades?
Muitas vezes na mídia vemos mulheres de metro e oitenta dizendo pesar 45 kilos, se isso fosse real elas estariam subnutridas, cuidado com o que ouve e com o que busca.
Dizem que a tevê engorda cinco quilos, mas não esqueça, o photoshop emagrece 20!
Qualquer mulher que se submeta a uma fotografia photoshopada terá corpão, sem estria, sem celulite, mas isso não é a realidade.
Vamos buscar ideais reais e não fantasias malucas que a mídia nos impõe.
Cuidado!
Fez a bariátrica? Primeiro passo dado, parabéns, mas o médico não operou sua cabeça como diz uma amiga minha, então juízo,não vá querer por o carro na frente dos bois.
Emagrecer com saúde é seu ideal de agora em diante.
Vão surgir problemas? Talvez, mas se você estiver saudável em um contexto geral (sem desnutrição, sem anemia, enfim, levando uma vida normal) tudo pode ser solucionado.
Sua meta não deve ser ficar magérrima, manequim 34, 45 kilos e sim ficar com um IMC saudável, sem comorbidades, ou amenizá-las.
Então, vamos lá!!!

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Consequências da gastroplastia

Pois é, como já falei anteriormente a gastroplastia tm sus prós e contras, esta semana me vejo vítima de mais um contra (mas superávl), estou com cálculo na vesícula, uma das coisinhas que podem ocorrer após a gastro.
Mas vou operar e resolver o problema, como dizem, cortar o mal pela raíz.
Mas gente, a crise dói muito!!! Cheguei a apagar da dor que senti.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Meta Alcançada

São quase 44 kg eliminados, não estou magérrima e nem era esse meu objetivo. Estou com um peso saudável, IMC correto,  e era isso que eu buscava.
Felizmente minha pressão arterial normalizou, estou quase sem medicamentos, a única coisa que não melhorou foi minha coluna, mas o que me deixa bem é saber que se eu não tivesse perdido peso já não estaria só com dor, minha coluna poderia ter travado e eu já poderia estar usando platina.
Entre prós e contras eu estou bem, e isso é o que importa.

Gastroplastia

GASTROPLASTIA, NÃO EXISTE MILAGRE

Nos dias atuais a cirurgia de gastroplastia, mas conhecida popularmente como redução de estômago vem tornando-se mais simples e com isso mais comum.
Porém existem alguns pontos sobre a gastroplastia que necessitam ser exclarecidos e alertados.
Resolvi escrever este texto porque sougastroplastizada e a alguns dias uma amiga minha  perdeu a irmã em virtude de complicações pós operatórias.
A gastroplastia é uma cirurgia maravilhosa, certamente, trás inúmeros benefícios, é certamente a  melhor indicação para quem tem um IMC acima de 41 ou IMC 35 ou mais com comorbidades(diabetes, hipertesão, doenças relacionadas à ortopedia, cardiopatias, colesterol, entre outras), e não consegue eliminar peso com tratamentos ou dietas.
Mas cabe exclarecer que a gastroplastia não é um milagre, o que ela faz através do grampeamento de parte do estômago e algumas vezes com o desvio de parte do intestino é causar uma espécie de desnutrição, e é essa desnutrição que leva a perda de peso.
Desnutrindo um organismo logo você perceberá que ele passará a necessitar de novas fontes de nutrientes, daí a necessidade de suplementação vitamínica, a necessidade de respeitar os horários de alimentação corretos (em alguns casos 2 horas em outros 3 horas), balancear todo o cadápio.
Uma coisa é fato, a cirurgia em si não é acausa maior da morte dos pacientes, as mortes geralmente se dão no pós operatório. Rompimento de grampos, ingestão de alimentos proibidos.  O rompimento dos grampos pode acontecer por ingestão execiva de alimentos, por esforço físico antes do prazo correto, alguns médicos costumam fazer um raio X de contraste antes de qualquer alimentação para garantir o grampeamento correto e evitar vazamento de alimento.
Uma coisa que costuma acontecer e não é motivo para causar medo é o fechamento do estômago, durante a cicatrização o estômago fecha mais a entrada do que deveria, quando percebido, e você vai perceber, pois o alimento volta, você fica com vômitos, dor abdominal, o procedimento para resolver é simples, assim que perceber os sintomas deve ser procurado o médico e no início a solução é a simples colocação de um balão via endoscópica e inflá-lo para dilatar a entrada do estômago e logo após retirar.
De qualquer forma uma coisa deve deixar um gastroplastizado em alerta: a perda de peso, é conciderada saudável quando entre 2 a 6 kg mês, abaixo disto você está ingerindo mais calorias do que deveria e deve procurar um nutricionista para lhe orientar melhor, acima disto você pode estar com um nível de desnutrição maior do que deveria ou falta de algum nutriente, é um sinal de alerta (exceto no primeiro e segundo mês, que a perda é bem mais acelerada).
Não é normal dor ou desconforto abdominal, qualquer coisa fora do normal deve ser comunicada ao médico cirurgião e ao nutricionista.
A equipe que realizou minha cirurgia era composta de três cirurgiões, anestesista, nutricionista, fisioterapeuta, psicóloga, psiquiatra, o atendimento nutricional era bimestral mesmo após o terceiro mês de cirurgia, as orientações psicológicas eram claras sobre os prós e contras.
Mesmo desejando emagrecer, não só por estética, mas no meu caso por comorbidades bastante graves, é sempre bom saber que a perda rápida de peso causa um impacto psicológico.
A gastroplastia é apenas uma ferramenta, necessariamente ela não cura a obesidade, tanto que conheço através das comundades gastro na internet pessoas que após alguns anos tiveram de refazer a cirurgia pois o estômago tornou a crescer, conheço casos de morte por ingestão de uma simples coca-cola antes do primeiro mês de gastro (e até o terceiro mês não se deve ingerir nada gaseificado), comas alcólicos, pois doses menores de bebida podem embebedar além  do que o álcool é extremamente calórico, morte por desnutrição (caso da irmã de minha amiga que teve fechamento do estômago e durante sete meses viveu assim), casos de infecção por vazamento de grampos, mas 98% dos casos que conheço, quer pela rede, quer pessoalmente são de sucesso.
Escrevo este texto assim como mantenho meu blog sobre o assunto (http://emagra.blogspot.com/) com um único objetivo: esclarecer que a gastroplastia não faz milagre, mas quando bem feita e bem pensada pode ser a ferramenta para a cura de muitos males. Porém, o que vale aqui é a atenção com seu corpo após o procedimento, ele lhe dará sinais de alerta quando algo estiver errado, respondendo estes sinais e procurando um médico a qualquer coisa diferente que você notar as coisas correm tranquilas. Mas o importante é cuidar-se.